Seria pelo
medo de enxergar essa realidade de incertezas a qual se nos apresenta nua e
crua?
Por que
existem tantos caminhos divergentes?
Seria pelo
poder hipnótico da liderança?
Deus tem
uma enorme gama de nomes: Javé, Jeová, God, Dios, Krihsna, Pantokrator, Jesus,
Cristo, Alá, O Consolador, Santíssima Trindade, O Senhor dos Exércitos e por aí
vai...
Quantas
filosofias, quantas religiões, todas elas tem as suas verdades, e as suas
razões...
Milhões de
caminhos a serem palmilhados por pessoas guiadas por outras pessoas. Ou por uma
diretriz conveniente a determinado sistema de interesses particulares.
Por que se
necessita de ouvir uma voz humana às vezes indigna, para se obter uma cura?
Peça
diretamente a Deus como o próprio Cristo ensinou na oração do Pai Nosso.
Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome... E o resto já se conhece...
Aliás, não
se encontra no Livro qualquer insinuação religiosa indicada por Jesus. A não
ser o amor ao próximo.
Por que
tantas religiões milionárias e tantas crianças desamparadas morrendo à mingua?
Por que
uma cidade com status de estado, o Vaticano?
Por que a
“Santa Inquisição”?
Por que
padres e pastores pedófilos?
Que tal
se, deixássemos de pensar em divindades e apenas nos preocupássemos em ajudar
sem vislumbrar um paraíso como prêmio por esse pseudomerecimento?
Deixemos
de ver líderes como o próprio Deus, isto é a pior das idolatrias!
Você já
parou para pensar sobre este assunto?
Claro que
sim, com toda a certeza, pois, quem jamais deixou de pensar nesta vida
subjetiva, na realidade; ninguém.
O prazer e
o medo são dois sentimentos a serem analisados com profundidade.
Jim Jones
levou ao suicídio, ou “genocídio” quase mil pessoas, um fanático psicopata
religioso. Até aqui, tenta-se explicar a sua personalidade religiosa, mas e os
seus seguidores eram o quê?
E não foi
somente esse líder religioso que cometeu tal aliciamento...
O que
levou grandes nações europeias a se curvarem ante aos pés de Adolf Hitler?
Por que se
praticou tamanha maldade sob as suas ordens?
Foi por
algum paraíso terrestre prometido, como o do Édem onde Adão haveria de sofrer
tentações ao conviver com Satanás (em feitio de serpente) e ser obrigado a
lavrar a terra?
E que
paraíso esquisito era esse?
Por que
não vivermos a eternidade neste momento e, sentirmos o prazer de estarmos
incorporados no próximo, despojados de qualquer interesse... Apenas pelo amor
e, não pela mentira da hipocrisia deslavada...
Ainda não
se apercebeu por inteiro que, o amor é algo acima de todos os demais
sentimentos.
Pode
surgir algum religioso e retrucar eclesialmente: “Deus oculta aos sábios e
entendidos e revela aos pequeninos.”
E
acrescentaríamos: “Não saibamos além daquilo que nos convêm”.
Obs.
Respeitamos a sua boa fé religiosa!
Seja bom
sem pensar em Deus, se for capaz...
Seja bom
apenas por ser!
Que o amor
e a paz invadam os nossos corações sem qualquer motivo.
Sou gari, e daí?
Organizo o lixo
Que você à bicho
Desorganizou aqui.
Tenho a consciência
Da sua inconsequência.
A sua inconsciência
Traz-me a existência...
Deus criou você pra mim
Apesar da sua inteligência...
Que olhar mais atrevido
Ao vislumbrar seu atrevido olhar,
confesso: Fiquei bastante inibido,
porém, fui
abduzido pelo sonhar
de um violento
amor descabido.
O seu olhar invadiu o
meu mar,
ao marejar de
minhas lágrimas
cintilantes, num rápido chispar
de uma emoção
tão brilhante.
Agora você
é atriz, e eu por
um triz, mero
coadjuvante.
A paixão é mistério profundo
a corroer
o peito do amante
galanteador galante-imundo,
ou de uma simplória mente,
de um apaixonado vacilante.
Como explicar sentimento tão nobre,
bronzeado de ouro sobre a alma presa
em laço lastro
de humilhante desdouro,
o qual às vezes, covardemente alto valor
cobre, num suplício de um coração
pobre
em pleno desespero desequilibrado, cheiro
de amor odiado e já voado pra outro lado.
amargurado ao pensar ter conquistado,
porém, atraiçoado pelo bem-amado.
O amor sempre é nobre quando bem interpretado,
mesmo que o choro sobre, sobre um coração
culpado.
Até quando o erro erra o amor encerra por todo o
lado
a dor doada pelo doador o qual será sempre
coroado.
Deixe a sua frustração de lado
Não se permita ser comparado
À concorrência já ultrapassada.
Reveja seus anais e fique em paz,
Posto que nada seja igual a nada,
Nem o seu olhar ou suas digitais.
Quiçá, sua genitália mumificada.
Ao transpor da vida à encruzilhada,
Vele à esperança do amor consagrado.
Caminhe firme olhando sempre à frente,
Portanto, não olhe de lado nem fique parado.
Mente transparente fará o seu brilho
configurado.
Você é grande universo, relevada importância
divina.
Debalde não foi que Deus fez você totalmente
diferente.
Seja um senhor, serviçal moderno como o de
antigamente.
Ao seu irmão sorria alegremente sem jamais
cerrar seus dentes.
Viva-alegria presente e pasme com o brilho futuro
que lhe espera.
Essa sua pseudopequenez é eterna!
Luz & Vida
Apesar de
a realidade estar embasada na mais fria verdade, é de bom alvitre que aqui se
dite: Para a decantada felicidade deste lar: Olhe-se minuciosamente sobre esta
barbaridade com piedade de olhar estelar, e com visão de qualidade. Porém,
antes de se ir mais além, eis a pergunta que convém: O que é a verdade? Para a
ciência empírica é o fato materializado. Dois mais dois são quatro para ficar
bem ajustado, como “carne na cuia e farinha no prato”. Porém, o sorriso não tem
métrica diante desta dialética. A felicidade, além de intrínseca, é desmesurada
quando o tímido riso torna-se risada rasgada e calcada no juízo, e não
debochada. Muito embora, esta vida seja nebulosa carregada de vilipêndio, vamos
regá-la com amor singelo e ardente como se fora bom incêndio, somente pelo
prazer inefável de fazê-lo com zelo. Diante de complexo compêndio. O são de
coração, jamais recalcitrará contra o aguilhão, pois, apesar de guerreiro forte
e fagueiro, opta em primeiro ao bom-senso da resignação. Tomando a lógica
posição, deixa de ser derradeiro desta real condição. Vergar é mais inteligente
do que se quebrar. Às vezes errar para acertar faz parte do jogo, pois, melhor
é se molhar do que se queimar nesta vida de fogo. Sem a ninguém prejuízo
causar, qualidade de vida em primeiro lugar. Isto se quiser aqui alugar um
pedaço do céu-mental, haja vista esta vida ao léu letal.
Fora do
ego não há quase nada de interessante, a não ser o mundo cego desde o tempo de
Dante...
Anos de poesias
Pra me ver livre da velha hipocrisia vou falando na primeira pessoa,
posto estar bem próximo da derradeira, com alegria de quem passou escrevendo
poesia numa boa a vida inteira, À toa pela existência querida, cumprindo a
gloriosa missão de plena emoção exigida. Assim fiz de mim um escrevente
presente, obediente à musa qual em meu viver foi santa intrusa.
Após décadas de poesias, dedicadas desde os primórdios de minha vida;
selecionei parte da coleção com alegria e amor no coração. As quais jamais
deixaria de compor cumprindo com fervor a minha obrigação de compositor nesta
lida querida...
Sou apenas uma ferramenta à disposição da verdadeira autora chamada:
Musa do Amor a qual em meu coração fomenta o ardor pra escrever o que no momento
se apresenta, creia, sou conduzido por essa santa condutora de vida-emoção.
Assim são todos os que têm a obrigação de velar pela missão na seara da
escrituração do amor.
Durante anos, escrevendo compulsivamente dá pra se ter uma ideia de quantas
poesias, poemas, prosas, pensamentos recorrentes, enfim que a musa condescendente
cedeu pra gente, me sinto humildemente privilegiado serviçal desta semente
semeada na minha mente advinda do mundo astral a falar do bem e do mal,
sentimentos que avassalam o coração humano e desumano nesta selva de
sobrevivência geral, marcada pelo tão decantado pecado capital.
Neste exato momento de felicidade e por estar exercendo plena liberdade,
escrevendo pra lá da terceira idade, vivo a plenitude da velha eternidade na inquietude
duma vida de saudade recolhida nesta infantilidade, posto ser esta a poética
realidade. Sentimentos, tormentos, lamentos, e amorável prazer do entendimento
entediando a profana vaidade. Assim encaro a vida encaracolada em palavras
advindas infinitamente da mente sideral. Deus traz o bom sentimento ao coração
contrito, alegrando-o após seus agitos. E a exaltação que deveria ser
humildade, conquanto, passe pela veraz realidade fica o dito pelo não dito de
qualidade.
Ao amigo leitor deixo meus agradecimentos de eterna gratidão, pela leitura
dessa escritura a qual se me afigura o amor desta redundante paixão, sem você
não existiria a finura da poesia pura e o poeta estaria à mercê da fissura
assim o poeta se vê!
Obrigado amigo, você também é poeta!
Recalcitrar contra os aguilhões
Há coisa que jamais ouso.
Sou apenas mais um mortal.
No momento não dá pra lutar
contra o contratempo do
tempo.
Então, a mim, apenas me
resta rezar.
Eu, sequer sei bem o que
esta vida tem
pra me ensinar...
Infelizmente só vejo
o lobo mau com seu
chapeuzinho
vermelho sobre a sua cabeça
a maquinar à máquina
de produzir o mal.
Desde o princípio
Vejo precipício.
A Cuca a vir
pegar-me.
Sacrifício.
Socorri-me à religião da
lassidão,
e lá assisti a confusão
infernal.
Vi rei Davi e quase me
perdi.
Mil mulheres, e a traição.
O amor urgia por Urias
a chorar de emoção
por longos dias.
À justiça humana,
decepção a conclamar.
Está além de “Trapobana”
onde Camões tentou ir
buscar.
E o nosso Castro, ousou ir
atrás.
Por essas e mais aquelas
sosseguei o meu facho.
Conscientizei-me de que
aqui não me acho
capaz de enfatizar os
fatos, de fato
não passo de pobre mortal
num enorme pantanal.
Entrego-me aos braços do
astral.
Cansado de tanto crer, meu irmão...
Estás cansado de crer na injustiça humana, Já
pensaste em crer em ti mesmo: Hosana? Pois, com certeza isso seria muito
bacana. Quando um desses tantos safados milagreiros, cura para tomar o teu
dinheiro, e não te apercebes ser ele exatamente igual a você e ao mundo
inteiro... Somente você e a tua fé são bons companheiros. Jesus disse: que a fé
remove montanhas, porém, não disse nada, absolutamente nada que fosse estranho.
No decantado Sermão da Montanha, deixou registrado o poder da humildade, e da
simplicidade. Além de ser incisivo com a caridade, exortando: O que de graça
receberes, de graça deves dar... Ah... Que fique registrado: podes olhar pra
todos os lados, remexeres como quiser o livro sagrado, e jamais vais encontrar
uma seita pelo Maior indicado, ao contrário, chamou esses charlatães de
fariseus otários e por essa tradução foi parar lá no Calvário; por eles
abalroado.
Notes o poder do assédio através da hipnose!
Pela hipnose pode-se provocar a velha anti-gnose, Algum líder carismático o
deixa iludido. Por um poder que é somente teu e no teu cérebro está embutido.
Sem nenhum cabotinismo falo de carteirinha, já que décadas tenho lutado nessa
rinha. Como teólogo e psicanalista me incluo nessa lista, não sou santo à João:
o batista, mas me chamo: João Batista. Deixando as rivalizações de lado e com
muito cuidado retornemos ao safado, àquele lhe tem curado em nome do Deus
sagrado, até porque é a melhor maneira de atiçar a boa-fé do irmanado, assim
Deus fica responsabilizado, e o safado cada vez mais endinheirado. Estou certo,
ou estou errado? Demorou, mas desse mal estou erradicado...
Não dá mesmo pra te aperceberes quando ele bota
a mão na tua cabeça, fazendo com que tu te esqueças do lógico, dando-te um
safanão psicológico, assim mudando a tua estação? Isso é hipnose meu irmão, ele
faz com que a doença apareça e também desapareça em tumultuada confusão.
Assim esse canastrão vai usando o nome de Deus
em vão. A sua profecia é a mesma que já respondeste de antemão, caso ele não
acerte não, apela pela vontade de Deus, e fica tudo certo, pois, logo tu
acertas com o dízimo da pseudoconsagração. Por acaso já vistes a sua mansão? O
safado usa o nome do Crucificado e sai de lado para tua cura duradoura qual
veio de humilde manjedoura... E tu moras também numa manjedoura, ou numa
mansão? Diz aí meu irmão?
Creia em você, você é deus assim falou Deus pela
boca de seu Filho, lá em dez de São João, e discretamente em sua fala corrente
no livro de São Mateus.
Se você é deus, e nada disse eu, tampouco,
nenhum fariseu louco então penses um pouco antes que eu fique rouco ao te
chamar à atenção. Não enxergas não?
Desculpe a minha concisão nessa particular
confissão, e entendas, quero apenas ser teu irmão.
Paz e amor.
Há muito tempo por aqui apareci olhando montanhas, sanhaços,
pintassilgos, beija-flores beijando bem-te-vis, despencando de penhascos
regorjeando louvores. A pradaria murmurando o vergel-lilás de suas flores. Era
o lugar que sonhava para os meus amores. Então nada mais me faltava... E foi
ali que escolhi. O meu alvorecer era em cores, a chuva me iluminava, o sol me
inspirava destilando deliciosos licores. No conforto informal, no desejo de
mais um mortal... No crepuscular das tardes de magia, embriagado ao tom do
doirado som a acariciar meus ouvidos, qual a todos os lados naqueles dias a mim
consagrados... Tudo e a todos tingia. Nesse mel de melaço, no mais puro regaço
que no profundo de minh’alma regava, e me fundia em alegria. Foram belos os
meus dias os quais minha mente arejava. À rede me embalavam as noites calmas,
meus pensamentos voavam em nuvens alvas. O meu espírito se projetava além de
coisas humanas. Nas longas tardes de frescor-rupestre dos fins de semana,
”muito além de Trapobana”, aliás, estava pra lá de “Pasárgada, onde eu era
amigo do rei” e assim, muitas vezes, pensei: “Jamais escolherei qualquer
mulher, pois, muito além dessa eu já tinha, mesmo sendo amigo do rei”, com
certeza de tanta beleza, e convicto de que não a merecia, por isso foi que não
errei! Foi aí que compreendi: sou um privilegiado; e o meu lar construi
dependurado no topo de um monte encantado, porém, alicerçado com cascalho dali.
Belos e floridos jardins, com melífluo odor de jasmim. Em cima do vale, com
minha visão deslumbrada. Minha família; presença marcada. Parece ter sido
ontem... O tempo passou ligeiro e neste comboio fui passageiro. Meus filhos se
casaram, meus netos se foram... A minha companheira de tantos janeiros a partir
foi à derradeira, mas partiu pra valer, enfim, o meu coração se partiu por
inteiro. Restou-me a oração, pássaros e a canção do meu velho travesseiro
enfronhado de emoção. Confessor e confessionário neste esplêndido cenário passo
o tempo a escrever com alegria e prazer, como se fora mais um otário teimando
em reviver. Não sou hipócrita em meus apócrifos... E não quero me enganar.
Aprendi a ver a vida em sua plenitude, encaneci com saúde e não posso reclamar.
Partida é partida... A existência é efêmera e, nem posso chorar.
Chegamos-voltando à frente de câmeras registrando os relatos, de fato;
relatando os fatos. Alcovitamos em nossas câmaras, regurgitamos desagravos ao
nosso Criador e Pai. Melhor nos fora juntar os favos da gloriosa e eterna Paz,
do que os trapos que o mal sempre nos traz. Caro irmão-leitor pense como for,
mas, por favor, não tenha pudor dessa falsa dor com pavor. Nem seja acre, do
seu coração tire o lacre, e no amor seja craque sem o menor palor. É a
realidade da vida, flor em botão qual murcha dando-nos o seu tom chamando-nos à
atenção. Qual à bucha, com água e sabão, no banho é algo estranho, verdadeiro
estrebucho no antigo corpo de um bruxo. Às vezes velho-tacanho aos olhos de
estranho. Pode ser, mas não é se ele sabe o que a vida é! Pois, fez-se amigo de
tudo e até da boa solidão, na realidade é sortudo, meu caro-querido irmão, ele
enxerga até pelo pé sendo provecto ancião... A solidão pode ser o desespero ou
o tempero de se encontrar com o “Eu” por inteiro. “As aparências enganam”. A
solidão pode ser uma ótima companheira. Essa amiga vem para burilar a nossa
alma dando-nos a condição de vencermos a nós mesmos, já que o nosso maior
inimigo está no interior do nosso coração o qual deve ser cinzelado com o amor
da mansidão no universo dessa eterna imensidão... Na realidade o meu coração mora
nos universos dos universos juntamente com o seu...
Esta historieta faz parte da vida deste modesto amanuense anacoreta...
Muita paz e amor a sua
pseudossolidão...
Primavera
Primavera
Ah... Se tudo fosse primavera
Seria o respirar de renovada era
ao revoar de tantas quimeras.
Ao perfumar de belas flores,
o singular de seus amores.
Alegria-fantasia e açores
a escorar o seu veleiro,
ao tisnar do nevoeiro.
ao revoar de tantas quimeras.
Ao perfumar de belas flores,
o singular de seus amores.
Alegria-fantasia e açores
a escorar o seu veleiro,
ao tisnar do nevoeiro.
Oh... Inocente primavera,
é prima irmã do vil verão
o qual aquece o coração
na manutenção da ilusão.
Seja como for, o outono,
traz em seu bojo o bônus
ao inferno-gélido-inverno.
Oh... Inocente primavera,
Olá: Juventude; saudação.
É apenas mais uma estação
a rir da vida em sua profusão.
é prima irmã do vil verão
o qual aquece o coração
na manutenção da ilusão.
Seja como for, o outono,
traz em seu bojo o bônus
ao inferno-gélido-inverno.
Oh... Inocente primavera,
Olá: Juventude; saudação.
É apenas mais uma estação
a rir da vida em sua profusão.
Apesar de bela saúde, um dia
toda essa maravilhosa alegria
resumirá essa gloriosa plenitude.
O seu amor àquela flor, sobretudo,
o seu orgulho mergulhado no ataúde.
Despida, quiçá, lhe sobre um sobretudo.
toda essa maravilhosa alegria
resumirá essa gloriosa plenitude.
O seu amor àquela flor, sobretudo,
o seu orgulho mergulhado no ataúde.
Despida, quiçá, lhe sobre um sobretudo.
Porém, essa é lei a qual advém
do misterioso circo do além.
do misterioso circo do além.
Mesmo que você não goste!
Pra viver,
preciso de quase nada...
Nesta
espinhosa e feliz jornada; preciso de quase nada.
Levantar
cedo, se preciso, porém, evito as madrugadas.
Creio que,
neste sentido se aplica a desejada
felicidade.
Simples
assim, ser feliz foi única boa escolha que eu fiz,
Vou mais longe; pra um velhote o qual
dispensa idade.
Adotei
logo a simplicidade da velha sensatez,
eis o xis
Da antiga
questão, comerei feliz no simples prato
raso
Carne de pato, ou saboroso arroz e feijão, e que
arraso
Se lá tiver
vinho, moqueca de camarão... E por que não
Meu bom vizinho,
não pense que vivo a comer sozinho,
Não, a
ninguém espezinho tendo esta mortal condição.
Quando não, meus netos, filhos, irmãos, até
sobrinhos.
Na
realidade tenho a liberdade quando estou
sozinho.
Bem, meu
irmão, tenho por fiel companheira a Solidão
A dona do
meu encanecido coração! As minhas
vestes:
Que
tolice, há muito já lhe disse: uso uma peça por vez,
No meu
carro, apenas um assento, e no meu pé
direito,
Eis mesmo sapato
outra vez. Eis o belo teste de lucidez
Da pureza
singela à vida vívido-vivida em rosa-amarelo.
Ah... Aqui se
encerra toda a sábia filosofia, na
geografia
Desta bela existência na qual vivemos sem
transparência
Da simplicidade da divina sabedoria, sendo que a veraz
Felicidade
se encontra no coração de qualquer idade az,
Ei-la:
Grande sabedoria que os sábios jamais saboreiam,
Vivem alheios em seus
devaneios, em busca das glórias
Que se
acabam aqui, sapiências quais ficam pra história
Já há
muito conhecida, porém, por poucos apreendida.
Seja rico,
seja pobre, seja humano, seja tudo, seja
nada,
Quando for
quase tudo isso, ao menos terá vivido a vida.
Terá
aprendido a antiga maneira-fabulosa de bem-viver.
Comece
agora, sendo humilde pra estas práticas exercer.
O seu erro
pode estar ao se comparar com seu vizinho,
Pois,
ainda não aprendeu a viver sozinho nesta clara
Solidão,
cuja negritude está na cabeça pobre e podre
Do racista
qual não se põe na lista de pobre-nobres
Mortais a
fazer distinção de cores de seu espectro
De solidão
insólita...
Sucesso
nesse mais alto empreendimento de sua vida!
Seja
feliz!
Tributo
a Camões
1
As
armas e os barões assinalados.
Arrojados
e pelo brio consagrados,
Que
da Ocidental praia Lusitana,
Surgia
brava e gentil raça humana.
Por
mares nunca dantes navegados
Com
caravela e o mar já singrado
Passaram
ainda além da Taprobana,
Sirilanka
ou Ceilão que se ufana.
Em
perigos e guerras esforçados
Dariam
ao Brasil o heroico brado.
Mais
do que prometia a força humana,
Navegariam
muito além da Taprobana.
E
entre gente remota edificaram
Valorosa
estrutura quais armaram:
Novo
Reino, que tanto sublimaram;
Glória
a Camões o grande lusitano.
2
E
também as memórias gloriosas
Eternizando
vitórias imperiosas
Daqueles
Reis que foram dilatando
Seus
velhos corações de muitos anos.
A
Fé, o Império, e as terras viciosas,
Viciosas,
teimosas, porém, vigorosas.
De
África e de Ásia andaram devastando,
Por
isso hoje somos mais cosmopolitano!
E
aqueles que por obras vale rosas
Criaram
uma lei além-esplendorosa
Se
vão da lei da Morte libertando,
Assim
vida e morte vão caminhando,
Cantando
espalharei por toda parte,
Haja
vista minha vista fazer parte,
Se
a tanto me ajudar o engenho e arte.
Louvarei
mais uma vez com o estandarte.
3
Cessem
do sábio Grego e do Troiano;
Eis
a decadência prevista ano a ano,
As
navegações grandes que fizeram;
Hoje
diz alto a arte do povo lusitano.
Cale-se
de Alexandre e de Trajano
Seus
feitos de respeito de há anos,
A
fama das vitórias que tiveram;
Pois,
fortes heróis nos esperam,
Que
eu canto o peito ilustre Lusitano,
Enfrentando
morte como bom samaritano.
A
quem Neptuno e Marte obedeceram.
E
dos demais irmãos se esqueceram.
Cesse
tudo o que a Musa antiga canta,
Qual
belo futuro parnasiano se avança,
Que
outro valor mais alto se alevanta.
O
amor à pátria amantíssima reencanta.
4
E
vós, Tágides minhas, pois criado
Ressurgistes
de além Tejo reanimado.
Tendes
em mi um novo engenho ardente,
Meteorito
de ilustre luz ascendente;
Se
sempre em verso humilde celebrado,
Jamais
de escura estrela decadente.
Foi
de mi vosso rio alegremente,
A
mitologia vos elogia contentes,
Dai-me
agora um som alto e sublimado,
Som
ilibado de frente e; não de lado.
Um
estilo grandíloco e corrente,
Grandiloquente
sendo recorrente.
Por
que de vossas águas Febo ordene
Resumo
da inveja qual Zeus condene.
Que
não tenham enveja às de Hipocrene.
Somente
o amor dentre à guerra se perene.
Camões
até pode inventar o verbo perenar.
Conquanto,
seu amor seja a fonte de Hipocrene.
Onde
sempre possa dessa límpida água bebericar.
5
Dai-me
hüa fúria grande e sonorosa,
E
uma vida simplesmente primorosa,
E
não de agreste avena ou frauta ruda,
Nem
que o velho amor de arruda me iluda,
Mas
de tuba canora e belicosa,
Maviosa,
sonora, e indecorosa.
Que
o peito acende e a cor ao gesto muda;
Multicolor
não implorará à flor de arruda
Dai-me
igual canto aos feitos da famosa
Glória
incomparável da amada musa formosa.
Gente
vossa, que a Marte tanto ajuda;
Marcianas,
beladonas, ou Ana’s mudas;
Que
se espalhe e se cante no Universo,
Som
de mavioso dom ativado no reverso,
Se
tão sublime preço cabe em verso.
Grande
amor distribuído ao universo.
6
E
vós, ó bem nascida segurança
Sois
vós a grandíssima aliança
Da
Lusitana antiga liberdade,
Que
há tempo já passais da idade.
E
não menos certíssima esperança
Ao
decorrer do tempo que se avança.
De
aumento da pequena Cristandade,
Transformai-vos
em perene caridade.
Vós,
ó novo temor da Maura lança,
De
olhar profundo, linda criança,
Maravilha
fatal da nossa idade,
Cheia
de amor, verdade e sinceridade.
Dada
ao mundo por Deus, que todo o mande,
Porém,
muito além o seu amor se expande.
Pêra
do mundo a Deus dar parte grande.
Pêra,
para, pára, pêra, que se dane,
Ou
que o todo se desmande ou desande.
7
Vós,
tenro e novo ramo florecente,
ou
velho tronco de amor crescente.
De
hüa árvore, de Cristo mais amada
pelo
mundo inteiro idolatrada.
Que
nenhüa nascida no Ocidente,
Nada
ao Mestre pode ser comparado.
Cesárea
ou Cristianíssima chamada
Na
estrada da vida há encruzilhadas;
Vede-o
no vosso escudo, que presente
Posto:
futuro e passado se ausentem;
Vos
amostra a vitória já passada,
Nesta
mui velhaca e contradizente,
Na
qual vos deu por armas e deixou
No
calvário, dor de frente ironizou,
As
que Ele pera Si na cruz tomou);
As
nossas dores de horrores apagou
em
amor, pelo amor as transformou.
8
Vós,
poderoso Rei, cujo alto Império
Finalmente
humildade, terra cemitério.
O
Sol, logo em nascendo, vê primeiro,
Vossa
sorte-morte, além do batistério.
Vê-o
também no meio do Hemisfério,
Luz
do sol é maior que seu império.
E
quando dece o deixa derradeiro;
Os
derradeiros serão os primeiros.
Vós,
que esperamos jugo e vitupério
É
melhor ser casado do que solteiro.
Do
torpe Ismaelita cavaleiro,
Irmão
torto de José,
Ismael
foi bom guerreiro.
Do
Turco Oriental e do Gentio
Sois
do povo varonil, além
de
serdes gentio-gentil,
Que
inda bebe o licor do santo Rio:
Brasileiro
sou um filho estrangeiro
que
a vossa madre me pariu primeiro.
Como
estou intrometido
de
quem agora falo eu?
Será
que procuro uma rima
como
Prometeu prometeu por cima.
Camões
sois irmão mais velho
E
deste conservo sois espelho!
9
Inclinai
por um pouco a majestade
Sem
perder, tampouco, a potestade,
Que
nesse tenro gesto vos contemplo,
Como
se fora de Salomão colosso templo.
Que
já vos mostra qual na inteira idade,
Há
muito já passeis da puberdade.
Subindo
ireis ao eterno Templo,
Contrapondo
intempestivo contratempo.
Os
olhos da real benignidade
Livrar-vos-ei
da inerme falsidade.
Ponde
no chão: vereis um novo exemplo
Após
lutardes contra a força do vento;
De
amor dos pátrios feitos valerosos,
Quais
tereis sempre no lembramento
como
eternos e velhos instrumentos.
Em
versos divulgado numerosos.
Sois
poeta de lusitanos formosos.
10
Vereis
amor da pátria, não movido
Sem
jamais perdereis o bom sentido.
De
prémio vil, mas alto e quase eterno;
Eterno,
pois, ainda não haveis morrido.
Que
não é prémio vil ser conhecido
Amor
de inverno que sejais aquecido.
Por
um pregão do ninho meu paterno.
Onde
Deus seja louvado e sempiterno,
Ouvi:
vereis o nome engrandecido
Ao
meditardes no Senhor paterno.
Daqueles
de quem sois senhor superno,
Tereis
os céus,
pois,
já passastes pelo inferno.
E
julgareis qual é mais excelente,
Covis
dessa terna gente indigente,
Se
ser do mundo Rei, se de tal gente.
Dos
dois, fazendo-os simples parentes.
11
Ouvi:
que não vereis com vãs façanhas,
Hombridade,
igualdade em dor tamanha.
Fantásticas,
fingidas, mentirosas,
Dor
havida numa vida religiosa,
Louvar
os vossos, como nas estranhas
Após,
liberardes de ações tacanhas.
Musas,
de engrandecer-se desejosas:
Apesar
de ouvirdes coisas elogiosas,
As
verdadeiras vossas são tamanhas,
Revestisteis
de tamanha artimanha.
Que
excedem as sonhadas, fabulosas,
Segurança
na pujança de vida airosa.
Que
excedem Rodamonte e o vão Rugeiro,
No
comando e mando fosseis o primeiro
E
Orlando, inda que fora verdadeiro.
Tudo
isso tereis como reis
Os
tereis por travesseiros.
12
Por
estes vos darei um Nuno fero,
E
o tereis como amigo altaneiro.
Que
fez ao Rei e ao Reino tal serviço,
Sem
dispensardes o mais ínfimo capricho.
Um
Egas e um Dom Fuas, que de Homero
Fazem-vos
arrepiar o corpo inteiro.
A
cítara para eles só cobiço;
E
a música tereis como serviço.
Pois
polos Doze Pares dar-vos quero
Assim
manter-vos-ei como meu elo.
Os
Doze de Inglaterra e o seu Magriço;
Por
que chamai o de Magriço tal caniço?
Dou-vos
também aquele ilustre Gama,
Que
de seu pedestal; cairá na cama.
Que
para si de Eneias toma a fama.
Pois,
vós passásseis prá lá da Taprobana.
13
Pois
se a troco de Carlos, Rei de França,
Em
Espanha nascerá um gordo Sancho pança.
Ou
de César, quereis igual memória,
Pois,
figurará em vossa história.
Vede
o primeiro Afonso, cuja lança
Curta,
já quebrada não vos alcança;
Escura
faz qualquer estranha glória;
Escusa,
planta merencória da escória.
E
aquele que a seu reino a segurança
Faltou
o agá para impor perseverança,
Deixou,
co a grande e próspera vitória;
Sua
glória se afiguram na memória.
Outro
Joane, invicto cavaleiro;
Sua
proeza cairá de seu puleiro.
O
quarto e quinto Afonsos e o terceiro.
E
o mundo vos porei por derradeiro.
Ser-vos-eis
sempre o primeiro.
14
Nem
deixarão meus versos esquecidos
Ao
contrário, eles serão aquecidos.
Aqueles
que, nos Reinos lá da Aurora,
Muito
embora, partidos foram embora,
Se
fizeram por armas tão subidos,
Sumidos,
suprimidos já, agora!
Vossa
bandeira sempre vencedora:
Com
golpes de tesouras voadoras.
Um
Pacheco fortíssimo e os temidos
Nem
temidos, diante do vosso sentido.
Almeidas,
por quem sempre o Tejo chora,
Atingindo
feito à amassadas das amoras
Albuquerque
terríbil, Castro forte,
Encadeaste-os
e jogastes chave fora.
E
outros em quem poder não teve a morte.
Agora
temem o fremir da própria sorte.
15
E,
enquanto eu estes canto, e a vós não posso,
Retirar-vos
desse antigo fosso.
Sublime
Rei, que não me atrevo a tanto,
Avermelham-me
os olhos com tal espanto.
Tomai
as rédeas vós do Reino vosso:
Sois
dum Rodes o mais franco colosso.
Dareis
matéria a nunca ouvido canto.
Tampouco,
o estampido do encanto.
Comecem
a sentir o peso grosso
Ao
roerdes acorda, ó fabulo osso.
(Que
polo mundo todo faça espanto)
Ao
possuirdes a força do colosso,
De
exércitos e feitos singulares
Sereis
dono de antigos patamares,
De
África as terras e do Oriente os mares.
Infelizmente
ireis arrepende-vos
Dum
tal Quilombo dos Palmares.
Perdão
querido Camões, não deveria
Ter-me
ouvido, este é um assunto
Desprovido
de alhures sentido
De
um futuro muito atrevido.
Porém,
por muitos lares
Serão
atingidos...
16
Em
vós os olhos tem o Mouro frio,
Sarracenos
vis de muito brio;
Em
quem vê seu exício afigurado;
Sereis
ao povo comparado
E
consagrado.
Só
com vos ver, o bárbaro Gentio
Estará
sempre ao vosso lado esguio.
Mostra
o pescoço ao jugo já inclinado;
Ou
a jugular com o sinal já preparado.
Tétis
todo o cerúleo senhorio
Tereis
o jugo tão almejado,
Tem
pera vós por dote aparelhado,
Lançai-vos
mãos ao vosso arado...
Que,
afeiçoada ao gesto belo e tenro,
Já
vem temperado de bom tempero.
Deseja
de comprar-vos pera genro.
Bom
sogro equilibrado e terno
À
procura de eterno namorado,
E
que aqui hajam se casado...
17
Em
vós se vêem, da Olímpica morada,
Deuses
amoráveis e encruzilhadas.
Dos
dous avós as almas cá famosas;
Como
pêra do pomar, tão deliciosas.
Hüa
na paz angélica dourada,
Dita
cuja seja redobrada.
Outra,
polas batalhas sanguinosas.
Após
a luta a vitória gloriosa.
Em
vós esperam ver-se renovada
Vossas
forças serão renomada.
Sua
memória e obras valerosas;
Lembranças
deliciosas-saborosas.
E
lá vos tem lugar, no fim da idade,
Ou
passareis pela acurada veleidade.
No
templo da suprema Eternidade.
Encher-vos-á
de grande felicidade.
18
Mas,
enquanto este tempo passa lento
Ao
vosso bolo controleis com bom fermento,
De
regerdes os povos, que o desejam,
Ao
vosso canto desejo bom harpejo,
Dai
vós favor ao novo atrevimento,
Que
o amor à pátria vos seja por unguento.
Pera
que estes meus versos vossos sejam,
Que
se cumpra o mandamento do vosso desejo.
E
vereis ir cortando o salso argento
Sereis
visto no sarçal do bom sarmento.
Os
vossos Argonautas, por que vejam
Como
do vencedor marítimo sejam.
Que
são vistos de vós no mar irado,
Tempestade
de intempestivo estado.
E
costumai-vos já a ser invocado.
No
quadrante mundi mui admirado.
19
Já
no largo Oceano navegavam,
Por
quantos mares se singravam
As
inquietas ondas apartando;
Calmarias,
tempestades equilibrando.
Os
ventos brandamente respiravam,
Vendavais
quais ficavam esperando,
Das
naus as velas côncavas inchando;
Logo
mais; naus de cabrais se aproximando,
Da
branca escuma os mares se mostravam
Tiranos
sucumbindo nos mares; se afundando.
Cobertos,
aonde as proas vão cortando
Singrando
salobras águas e as arpoando.
As
marítimas águas consagradas,
Tais
marias vão com as outras, vão deixando
Que
do gado de Proteu são cortadas,
Ilíadas
por Homero já poetizada,
Segui-vo
rindo de novas e boas risadas...
20
Quando
os Deuses no Olimpo luminoso,
Analisavam
com corações ardorosos,
Onde
o governo está da humana gente,
Numa
bela reunião beneficente,
Se
ajuntam em concilio glorioso,
Ao
postarem-se de espírito frondoso
Sobre
as cousas futuras do Oriente.
Apesar
de andarem por terras quentes
Pisando
o cristalino Céu fermoso,
O
clarão do verdadeiro céu ditoso.
Vem
pela Via Láctea juntamente,
À
reunião da união de brava gente,
Convocados,
da parte do Tonante,
Ao
se tornarem imponentes e constantes
Pelo
neto gentil do velho Atlante.
Afeitos
à insistência luzidia e fremente...
21
Deixam
dos Sete Céus o regimento,
Dum
dulcíssimo véu resplandecente
Que
do poder mais alto lhe foi dado,
Pelo
valoroso dote de soldado.
Alto
Poder, que só co pensamento
Se
faz belo, moderado e estridente.
Governa
o Céu, a Terra e o Mar irado.
Seria
Zeus o morador desse condado?
Ali
se acharam juntos num momento,
Quiçá,
iguais ao castiçal queimado.
Os
que habitam o Arcturo congelado
O
ar também queima quando gelado.
E
os que o Austro têm e as partes onde
O
amor da guerra incrível se expande.
A
Aurora nasce e o claro Sol se esconde.
Camões
sem desdém de vez toma esse bonde.
22
Estava
o Padre ali, sublime e dino,
Com
seu olhar de brilho aquilino,
Que
vibra os feros raios de Vulcano,
Os
quais durarão seus eternos anos
Num
assento de estrelas cristalino,
De
infinita beleza é esse trono.
Com
gesto alto, severo e soberano;
Advindo
do decantado deus Vulcano
Do
rosto respirava um ar divino,
Cujo
ar vindo do mais profundo hino,
Que
divino tornara um corpo humano;
Com
Olimpo a traçar futuro plano.
Com
hüa coroa e ceptro rutilante,
Ali
se firmava o deus mais radiante
De
outra pedra mais clara que diamante.
Postava-se
esse colosso deus amante
Dar-lhe-ia o paraíso se a mim me fosse possível!
Dar-lhe-ia o paraíso se a mim me fosse possível!
Não me leve a mal se o
meu sentimento extrapola o pólo do sol poente; polo com acento não há mais quem
agüente, tampouco, esse trema, que como eu ainda trema um pouco, pois, nesse
crepuscular o meu velho coração crescente, pergunta mouco: Onde se encontra meu
bem? Vivemos tanto tempo o mesmo tempo de antanho, portanto, o meu amor
estranho aumenta vindo desse tempo ausente. A luz do firmamento é tão ínfima
perto desta santa lembrança, pois, o seu coração resplandecente, esquenta a
minha pobre memória carente. Somente as velhas lembranças acalentam-me,
enlouquecem-me, e aquecem-me, e a dúvida permanece: Onde está você? Somente
agora sei avalizar a sua presença em formato de ausência, mas nada mais dá pra
fazer a não ser, saber: onde está você? Hoje o meu melhor companheiro é o seu
velho travesseiro com o seu cheiro conservado pelo meu pensamento esgarçado.
Embora, seja meio triste-engraçado, quando acordo e olho ao lado vejo o
amantíssimo Pedro, o seu velho gato rosnando, posto deva estar agradando-o com
aquele antigo amor profano, causador do meu ignorante ciúme ao sentir o seu
extra-sensível perfume... Cadê você, afinal; onde foi que chafurdou?
Deixe-me dormir,
acordando para novos encontros com você, somente assim poderei sentir o seu
calor musical, colorindo com o mais odorífico amor o sonho desse moribundo e
velho trovador mortal!
Estou pensando
seriamente em não mais acordar...
No embalo da musa...
Quando a musa embala, a inspiração exala odorífico amor,
seja para o que for, e chega mais rápido do que bala,
projétil de ínfimo valor ao ser comparado com o
lado positivo do amor. As asas do
amor
são mais rápidas do que as do beija-flor.
Novamente a palavra vem fazer o amor
diferente, pois, nada sendo igual a nada,
cada frase tem sua contundência própria
em sua equivalência. Hoje estou amolado,
com o coração meio quebrantado por um amor
tão antigo, poxa, quantas décadas pra
me fazer
trouxa, posto que seja apenas um
sonho da mais pura
ilusão bisonha. E ao me olhar ao espelho me sinto um escaravelho,
quiçá, um cara velho com cara de pamonha. Tal esta
paixão estranha.
Pois, há tantas décadas, Maria Rita já morreu, e isso até me irrita,
posto não
tenha morrido eu.
vida é composta de ilusões...
Por que você é poeta?
À
Pé,
Ou a
Carro.
A mente
É a poetisa.
Profetisa da fé.
Escrava do carrasco
Com cortesia, jamais
o é.
Na tecla afiada de
sua pena,
Com a cor e o odor de
açucena,
É amor de Jesus à
Maria Madalena.
O seu
amor traz o psicovalor à cena
Da vida.
Elevando a alma abatida.
Por isto você
está aqui inserida.
Poesia é! É
amor-compaixão!
Representa a Deus, na
dor,
No torpor
do seu irmão.
Não é juiz que; apenas
Apena com esta pena.
Na cena de um crime
Passional - emudece,
Padece e permanece
Imparcial, mas
acena:
Jamais pratique
o mal!
Por isto... Você é
poeta!
Rei, ou rainha sem
igual.
Jogral ou
profetisa-atleta
Abominando o ódio
Caminha rumo
Ao pódio
Do alto
Astral.
Paz!
Fé!
É
Poeta viril, você tem sexo de anjo, você é “Amor” sutil!
Como permanecer em paz
Aquietar o espírito, realmente é a maneira natural de se obter o
equilíbrio normal. Você tem por nobreza a natureza de pensar bem ou mal.
Porém, o autodomínio é a mais alta evolução do ser que passa pela transição de
criatura para a própria criação. Disciplina mental e lisura total vão fazer a
fartura espiritual. Meditação é o caminho de todos os equilibristas da vida,
neste mar de artistas altruístas, apesar de muitos saírem dessa lista. A mente
não para pra descansar, é extremamente viciada na orgia do mal, sem exceção
animal se não tem com quem brigar, briga consigo mesma, deixando o caminho
lerdo como a mais gosmenta lesma. Então a evolução vai sendo adiada, ficando
pra trás, enquanto, o sofrimento do velho tormento se faz pela falta esgarçada
de paz.
Aquietar a mente contente, sorridente sem mostrar os dentes, porém,
coerente e crente de que se vai chegar à frente em equilíbrio, com alma cheia
de calma e juízo, é o que deseja o inconsciente coletivo, porém, não o faz por
desconhecer esse objetivo.
Ao exercitar a mente a autocontrolar-se nota-se realmente quão difícil é
silenciar a sua tagarelice, disque-disque, alguém que me disse, assim continua
na velhice da burrice...
Fique quieto, a eternidade é infinita, como óbvia deva ser a sua
preocupação, dê tempo ao tempo mesmo que não dê mais tempo à divina criação
almejada pelo seu coração...
Não tenha pressa, você vive na eternidade!
Relaxe porque a eternidade é agora!
Atitude que apena
Mede-se atitude
até pela longitude.
Obrigado amigo-irmão
pela sincera exortação.
Pois, é o que se espera.
É amor qual se esmera
ao elevar à bela esfera,
obras do bem ao além!
Para tal atitude há de se ter saúde
verdadeira àquela da boa videira,
que não seque e nela se ateie fogo
abrasador, assim falou o Senhor,
dono deste veraz e valoroso jogo.
O machado está posto em sua raiz
somente o poderoso e santo amor
pode livrar-nos pelo triscado triz,
poder do amorável perdão é o xis
de tão decantada questão: amor!
Amigo, grato, pelo valor do favor,
Pois, o fez com louvor, atitude é fé,
e a crença sem as atitudes é morta,
pois, quem não a pratica só anda de ré.
E como ré é passiva de severo julgamento,
Apesar do perdão, se plantar terá alimento
bom ou ruim, assim determina o mandamento
em questão para justificar a existência de Deus.
Sendo ecumênico, insisto, jamais sou ateu.
Porém, creio que o retorno entorne
o mal neste plano irreal.
Reitero que a obra
está acima
desta
o
b
r
a.
como a pena
de justo juiz
que apena!
A máquina que maquina a loucura do poeta
Adora esta máquina que maquina o mal e o bem,
Porém, o bom sentimento deve estar muito além
Da temática poética e da bela gramática também.
O Amor é tal máquina a puxar os vagões do trem.
O vagão é um poeta compulsivo em busca da paz.
E pela paz ele deixa tudo àquilo que lhe for capaz.
O poeta é aquele que traz em sua meta o bom ar,
À verdadeiro atleta de valor sincero; e contumaz.
Lutador mental contra as hostes do perigoso mal.
Formador de opiniões mesmo em sua humildade
Quer formar igualdade de um sonhador desigual.
Apesar de; às vezes ruim, é o arauto da bondade.
Seria... O Bonfim do mais arrogante Querubim?
O poeta é hilário no hinário do simples Serafim.
Mas, no além, o poeta espera ser feliz também.
Não lhe importa se é anjo torto, se está aquém
De zumbi, vivo-morto, conquanto, esteja bem!
Na verdade, espera que os anjos digam amém.
O Mediador da Paz
São Paulo dos antigos poetas
Nas névoas obnubiladas onde dormisse o passaredo inebriado pela leve
neblina e, a quem acordasse mais cedo, posto que não houvesse nenhum segredo, e
já fosse à agitada cidade tão rápida como torpedo. E por lá Já existissem os
“ramos” de Azevedo nas mais plenas mocidades. Antigo cerne a discernir seus
impregnados segredos. Lá sobejavam frondosos arvoredos. A lua derramava o seu
pranto de luz do Largo da Luz passando pelo São Bento da Cruz ao sapientíssimo
São Francisco de Jesus. Não meteremos aqui a religião. Embora, se atocovelasse
empolada multidão. Castro e Barbosa com seus pergaminhos nas mãos e muita prosa
se faziam da vertiginosa poesia de antanhos dias transformarem-se em belíssimas
canções. São Paulo da Garoa, nave de boa proa. Nela continuava seus capitães a
soletrarem seus versos e o de Camões. Abolicionismo de Nabuco a rezar o seu
terço. Século dezenove, onde descartava grande nome: Fagundes, para não
misturar o Azevedo, que aqui se confunde, qual Varela respeitava sem medo. Logo
seguiria do: Bexiga, Rubinato e seus Demônios natos da garoa. Fato que faria
alusão à paixão da miscigenação do ítalo-lusófono-alemão... E de tantos outros
irmãos de gente boa.
Quem diria que, tal megalópole pudesse à galope produzir tamanha
poesia...
O fraseador
O poder da
palavra poética está além da ideia. A sutileza do verbo é algo a ser mensurado
com carinho e cuidado, sem ser quadrado. O resto é mera panaceia. É como “faca
de dois gumes” agudos, poderosa, podendo trazer a paz airosa, ou a guerra
subliminar, portanto, cortante de ambos os lados; ideias as quais advêm de
além-cume, cujo azedume deve ser trasladado à fino perfume. Se for preciso seja
normal ao mudar de ideia para que o bem suplante o mal.
Dizem que o
amanuense deve ter nascido assim; uns dizem ter sido acometido por fatores
congênitos advindo de negros querubins, outros sido atacado pelo vicio de
escrever, comparam-no a um jogador inveterado de doer, viciado em carteado,
jogador de futebol alienado, de pseudovivaldino em cassino, de esquizofrênico
das letras, enfim: de sonhador, sofredor de frenesim, afinado em complexo
feminino, quiçá, um cigano transtornado em ladino ou afim, quiçá, exilado
beduíno num deserto dependurado prá lá de Marrakesh longe de Bangladesh...
Amanuense é
o escriturário da literatura extrafísica, que deve funcionar como filtro de
pensamentos difusos, haja vista a grande responsabilidade indutora de suas
palavras, recebidas dos orbes astrais. O mal e o bem são ideias que plasmam nas
vidas reais, se a inspiração for boa, com certeza as obras também o serão. E se
for maligna os atos as contraporão.
Pensando
bem, o seu inocente jogo pode não ser prejudicial, bem como pode fazer muito
mal, já que faz uso duma arma fatal, a mais forte que existe: a palavra sutil,
a única que subsiste; mesmo que seja chiste da vida mortal; que tem o poder de
induzir sem muito refletir, encaminhando à lavagem mental do seu leitor ideal e
tudo isso se dá pelas suas frases escritas dentro da boa ou má inspiração
restrita... Com o passar dos anos o poeta percebe que uma força estranha o domina,
porém, começa a entender que essa força tem nome: Missão ou Sina que fascina,
quiçá, seja divina. Então pensa consigo mesmo e analisa os fatos históricos
dos sistemas caóticos: Haja vista o rumo da humanidade a qual segue peremptoriamente
seus antigos líderes políticos, religiosos ou idealistas, e seus preceitos
grafados em velhos pergaminhos de muita idade dentro de extensiva lista, e não
há quase nada que se possa fazer para mudar o seu caminho, pois, entrega a
própria vida em nome de sua visão mesquinha adquirida...
Disseram por
aí, há milênios, que existem céus de eternas e gloriosas vidas, e infernos onustos
de arsenais robustos, e o medo toma conta dessas cabeças bruscas as quais
dentro de suas conveniências convexas agem de acordo com seus condicionamentos
mentais anexos. Ao final vemos que a história registra a destruição do homem
com seus conceitos e preceitos de tacanhos ideais imperfeitos.
O fraseador
que se preza procura a auto-conscientização de suas escritas, para não se
auto-corromper, até porque, deve crer piamente na responsabilidade do que tem
de escrever. A mente humana é muito sensível à indução. Se a mente religiosa
for talhada para matar ou morrer até de fome em nome de seu deus, com certeza o
fará sem problema de consciência tal a ambivalência que considera nobre ao mais
perfeito ateu. Temos visto isso ocorrer nos meios religiosos, e porque estamos
falando de religiosidade neste contexto de simplicidade, simplesmente porque
se não há o consenso do bem nesse ambiente santificado pelo desejo de ganhar a
salvação de Deus qual a tem muito além, então quem dirá fora desse metiê à
mercê do aquém...
O fraseador
continua um pensador inveterado sem se importar com o que digam a seu respeito,
certo ou errado, pois, aprendeu a cumprir sua missão de trazer ânimo, saúde e
alegria à alma malfadada pelo seu pseudopecado e, que a considera de direito.
Assim crê em
sua verdade extrassensorial, muito embora, não passe de mais um mero aprendiz
de sua musa inspiradora real...
Acocorado num canto d’alma
Acocorado solitário encontra-se você
nobre e triste
como forte guindaste
assegurando à vida, assim a natureza
espiritual lhe fez parte
dessa proeza
querida. Porém, veja-se pela santa fé.
Um santo abandonado em si mesmo,
um solitário, retardatário do
sistema.
Tem de ser diferente de muita gente.
Você é poeta, mesmo que não queira.
Escrevendo àquele de coração aflito,
concebe-se o amorável ensinamento
com qual se cala a voz do
aflito grito.
Profunda fala que cala a fala inaudita
editada ao evento dum furioso vento.
a qual não sendo ouvida explodirá
ao estampido de perdida bala
ao contraponto do lamento.
Eis o livro consagrado,
há muito tempo,
ensinado
ao
desorientado.
Desde o relento,
de ensinamento
ao templo-crente
que se foi firmando
ao tempo - quente.
Por todos os lados
logo: adjacentes.
Isto que se fala
não é de fato
consumado?
Atualidade
depara-se
com
a virtualidade
de veraz realidade.
Deveras, sem a escrita
nada seria completo,
tudo estaria secreto,
fadado ao nada
do decrépito
momento.
Muitas vezes macambúzio
procura-se no livro refúgio
do alívio. Como o búzio
e o marujo confuso,
marejam no mar
de natural santidade,
enquanto, o ladino da cidade
ao recorrer pelo decorrer do ocorrer
da facilidade de seu destino.
Assim sendo, um dia
a morte há de viver
no seu dia a dia
matando
a própria
melancolia,
quiçá, suicidando-se também.
Nada quero que morra, porém,
a morte o que é que tem;
eu a mataria e seria
santo criminoso
também...
Amem o
amém.
jbcampos
Perdão; princípio da evolução
Ao pedido de minha genitora:
Pai, fale sobre o velho perdão.
Reportei-me ao tempo de Adão
Com o meu pensamento de viés,
recordei-me de Miriam irmã de Moisés,
Míriam é minha progenitora - professora...
Que bom que seria; minha querida filha,
se não existisse o perdão, é o que eu queria,
pois, então a vil ofensa a qual traz desavença
deixaria de ser a pretensiosa malquerença,
e com absoluta certeza somente o bem
a nós nos restaria por longevos dias,
e a vida resistiria além do além!
É para isso;
segue a lista:
À bendita palavra
não há quem resista.
Espero, seja essa a pista
de pai que com amor lhe fala.
A palavra mansa e suave abranda o furor.
Eis a eclesial frase parafraseando o amor!
Há poeta que não se apercebeu
ser o arauto e atleta de Deus.
Para Deus pouca importa
a jactância recolhida,
ou atrás da porta
jazida à morte.
O seu alarde,
mais cedo
ou tarde
será reconhecido.
Seu teor de amor
não será vencido.
Poeta pequenino,
não faça do seu sino
aquele destino cabotino.
Portando-se como menino
intumescido de muito juízo
para sentir-se no paraíso.
O poeta - profeta de Deus
merece um pedaço do céu.
Ouça, veja o detalhe:
Paz e amor traduzem
a felicidade do neném
ao jovem de mais idade.
Boas palavras de felicidade
são amor que eleva ao além.
Portanto, portando-se bem
nada haverá que embaralhe.
benditas palavras induzem
ao além do querer bem!
Ame com as palavras
à gratidão
de sua lavra!
de sua lavra!
Perdoe sempre
que a ofensa
se apresente.jbcampos
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