quinta-feira

sobre a lua


sobre a lua

eu,
apenas
eu em meu
sentimento-
breu abro-
olho e
olho
com
coração
abrasado pelo tição
de amorável paixão que há muito já morreu.
porém, no além da minha imaginação enganadora
esse caloroso amor sempre per-
maneceu. imorredoura
ilusão só pode ser mal-
dade  daquela  bruxa de
risada  esdrúxula a mangar
de  mais  um velho  apaixona-
do,  conheci-a  há muito tempo
quando ainda era inocente e ela
se me apresentou encantadora,
ressurgindo de dentro de um
brinquedo meu, feito pelas
mãos santas de meu pai,
velho carpinteiro, coita-
do como carpintejou
com
suas
calejadas mãos de ancião
arqueado  e honesto  cidadão.
E essa bruxa vem me fustigar
com sua velha vassoura.
deitado
sobre a
relva  a
olhar  o
o  amor
em  noi-
te alumi-
ada  pela
paz da lu-
a cheia fi-
quei  mais
uma  vez e-
namorado e
mui  encanta-
do cantei a ve-
lha lua outra vez
ao recordar  você
minha terna morbi-
dez. o  passado atra-
sado se  desfez amar-
gurado  em minha   en-
rugada  tez e para fazer
esse arrazoado  deixei de
contar até  três. o céu dis-
traído  não me deixou de-
senxabido    na minha
pobre  timidez, pois,
criei coragem pa-
ra evocar sua
glória em
minha
caduca
memória
a  revê-la à
Musa  que a-
qui me induza
ao amor virtu-
al que muito
me seduz
sua luz
sem
igual.
hei...
lua, agora
sob  meus pés,  noto
que se esmaece de amor co-
mo  a flor desvanece  a exemplo
desse tosco trovador o qual não quer
entender  que essa ilusória  paixão não
existe  numa conversa  concreta, ou seria
esse  concreto  mais virtual  do que esse
sentimento  afinal. assim cisma  o sonha-
dor  ao enxergar  na brisa aquele  seu
velho  amor. o tempo já o embotou
até  na sua  mente, a  qual
mente ao senil de-
mente e
que
o tempo já o
desenganou.

Hei... meu velho carpinteiro, segura o meu coração
o qual ainda bate por você com saudade e emoção.


jbcampos

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