sábado

Musa intrusa



intrusa


Sussurros  do além. Bem aqui dentro de mim ouço alguém do além
a falar e escrever também, pode crer,  é a musa intrusa a dizer
aquilo que não  sei, porém, ela abusa. Primeiro, aprendo
por derradeiro; para depois ir ao meu companheiro,
Ai de mim   se não cumprir   com a missão de
escrever sem antever os resultados mensu-
rados  por esse ser dentro  de mim.
O mistério continua o tempo inteiro
apesar de ser sempre o derradeiro.
“Os primeiros serão os derradeiros
e os derradeiros serão os primeiros”.
Assim falou O Princípio e o Fim, nos
dias do Calvário, Alfa e Ômega. Agregando
um canto gregoriano ao passar dos anos, produção
de otário num canto da vida. Cena mórbida havida qual nos
atinge há milênios, macabro cenário a macular nossa ferida,
porém, nada se sabe de nada aquém nem além dum palmo
adiante do nariz. Então brada o derradeiro: É assim,
não sou eu que quis, também não fiz. Muitos
livros atuais e antigos, eclesiásticos,
infonéticos, cibernéticos, atléticos,
paraplégicos, escolas e mais colégios,
colegiados todos no planeta perneta,
concreto e vergel ao léu repleto de tédio.
Diz-se saber ao saborear a sabedoria, que
ignominiosa porcaria. Todos continuamos
mortais, ponto. Desde que o mundo é mundo
imundo. Saber; criar e matar a própria crianção,
e aqui não escapa, jovem, criança, ancião, tampouco,
o irmão, é o saber poderoso do homem lobisomem,
vampirizando em tempo integral o seu próprio
sangue ao amar o próximo como se ama
a si mesmo a caminho do matadouro,
desdouro do mal desta criação. Não
são palavras negativas, não. É apenas
a verdade nua e crua, creia, é verdade
inteira, não é besteira, não é meia, conclua.
Só há uma maneira de sair com sorte deste
corredor da morte, é moldar a mente a viver
morrendo eternamente, com a mente inteira-
mente no atual presente. Redundando o paradoxo
no eterno presente. É assim que fiz, tentando ser feliz.
E para alisar o meu ego posso até dizer que a vida é boa
e que moro no paraíso, onde não existe o julgamento,
tampouco, o juízo de qualquer pessoa. Isso é ruim,
é assim que soa. Vou assoar o nariz, como o bom
sino soa ao retinir minha retina auricular
nessa vida boa dentro do meu lar.
Ou me achar residente na
Câmara dos Deputados,
quiçá, no paradisíaco Senado,
conquanto, haja a minha consciência
queimado para me achar sossegado. Na realidade
me acho ignóbil e esnobe coitado. E que se lasque;
se estiver errado. Para rimar, que a concordância
tome a ambulância. Se acaso, quem sabe,
algum sábio queira atirar a primeira pedra,
aqui não há sabedoria nem ignorância que medre.
Avance, descanse esse braço e essa pedra lance. Depois
de Javé ter mandado O seu Filho ao holocausto
do Calvário, me vejo: Pleno Otário!
Tô nem aí, meu…








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