Escrevendo com os olhos fechados, recordei-me do templo passado
do velho rei Salomão, e não deixei o contratempo pegar à minha mão. Já cansado
e com os olhos avermelhados procurei a comunhão de um Deus alado, conforme ia
sendo criado pela minha imaginação. Um dia desses assistindo televisão vi passar
uma moderna construção, remetendo-me à lembrança de capelas vaticânicas, e sem
olhar ao lado, fiquei encantado, apesar de não ser muito chegado à religião. Assunto
bastante esgotado, mas o meu ecumenismo fala mais alto desde menino, embasando
o meu velho coração por destino. Fiquei assombrado com tamanho amontoado de
dinheiro tão desgastado, já que Deus habita o nosso coração onde não cabe uma
pequena porção desse dinheiro. Lembrei-me da famélica opressão humana, dos
corredores hospitalares, do ensino mal acabado, da falta de segurança de uma grande
nação, do Mensalão, do Lava a Jato, e recordei-me de muito mais fatos, porém, o
espaço não é o traço quando num texto lhe falta o espaço. Companheiro, esta vida é movida pelo dinheiro,
e por aí vem essa multidão a qual sempre notamos pela derradeira confusão
inculcada em cada mente-coração. A grande maravilha está numa singela ilha de
fantasia, aqui configurada nessa maravilha de espaço profuso, cominando com o
nosso necessário uso. Mente universal, ilha de enorme bacanal, apenas uma ilha,
uma mente, uma esbórnia, uma senil semente, um ser humano, simplesmente. O resto
é mera balela de ilusão... Não se faz necessário grandiosas amostragens a quem
vive de coragem enfrentando desempregos e vadiagens, já que esta vida é uma
estada permitida para as aprendizagens, até que chegue à hora definitiva da
partida... Então os grandes castelos nos acompanharão em mais um sonho de
ilusão. Parece ser a maior realidade, o resumo da vaidade, o sonho da vida,
quiçá, bem merecida pela sua triagem. Já que tudo se finda, desmoronando
qualquer ilusão advinda da nossa pobre criação. Vou escrevendo a minha
particular ilusão, pois, sou um pobre sonhador como todos os meus irmãos. Num
resfolegar profundo vi o fim do mundo decadente aproximando de muita gente. O mundo
vai se acabando à maneira espartana, um tsunami daqui, um Vesúvio dali, um
corpo estirado ao chão, assim enormes multidões vão atropelando a vida inserida
na morte, que é a verdadeira sorte da humanidade querida, e não ficará pedra
sobre pedra que não seja derribada. Assim
forma-se a vida, incrustada entre várias encruzilhadas no caminho desta estrada
até que tudo vire morte, e morra com todas as nossas sortes e ilusões, até com
todos os templos dos jovens e velhos Salomões dissolvam-se em pó espalhando-se
pelo chão dessa mó.
Somente a sorte de amar o consorte pode dizer que o amor de
mãe é incondicional.
Procure entender nas entrelinhas para não entediar a sua linha
de compreensão.
A prática do bem maior é o condutor-mor para sua
consideração, livre-se do mal
sem muita comiseração, pois, você é mais um entre multi,
multi, multidão.
Ah... Eu também, antes que você faça essa consideração, eu sou
você meu irmão!
Somos a multiplicação da multidão, por isso fica intrincada
essa configuração.
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