Amorável e velha lembrança de um velho que
ainda ama a esperança de voltar à mocidade, àquela bela idade onde se encontra
com a felicidade, porém, com certa idoneidade, recheada de vaidade ao
enamorar-se loucamente de uma beldade de sua idade. Na realidade um ano mais
velha; aquela centelha qual incendeia a ilusão visionária de um futuro imaginário,
assim sonha o expedicionário do amor ordinário. A vida havida torna-se irreverente
e completamente diferente, porém, sem abalar o amor de dois viventes quase
inocentes. Aquela novela dura também, quase, para sempre. Dois jovens
inexperientes casam-se contentes, e pensam tocar a vida para frente. A fila
anda e atrás vem gente decente e inocente, logo aquele calor arrefece de
repente, nasce o primeiro rebento, pra arrebentar aquela paixão estonteante,
para nascer o amor verdadeiro de dois irmãos-companheiros na evolução de se
aprender a ser gente. Bem, nasce o primeiro e começa a guerra da sobrevivência
real, a responsabilidade apareceu mal, mas a grande verdade está no condicional
da vida, e o casal tem de se virar, enquanto, o segundo vem para habitar aquele
particular mundo de luta desigual. Assim é o aprendizado do amor, como uma flor
que desabrocha e vai murchando, enquanto, o mundo vai caminhando. O tempo vai
passando e forma-se uma bela família com três filhos a encerrando, porém, vêm
os netos, tão discretos após décadas a segurar a peteca. Assim o casal se
separa, mas não se precipite em pensar no azar, não, foi àquela foice fatal a
qual a todos espera na hora mortal. Ficou o velho na fila, é... Na fila... Ficou
a sós, morreu José, Joaquim e até a forte Dalila... O negócio é ter fé na
ciência da paciência em esperar, sempre amando, sem parar, e ir aparando as
arestas que restaram desse arresto de vidas, aumentando as feridas desferidas
pela vida, mas o amor fica a calejar mais a dor tão doída movida pela lembrança
querida, pela qual até parece uma ressurreição real a revivificar a vida do
amor incondicional.
Apesar do velho até hoje nada entender desse
amor, seja como for, continua a esperar...
Ei... Meu amor me espere, por favor, um dia
hei de chegar para amá-la com ardor.
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